Sobre viajar sozinha - parte 1

Testando a "cinquentinha" pelas ruas de Amsterdam

Com um monte de malas, logo após me despedir da minha família, pego o táxi para mudar de hostel em Amsterdam. O taxista, um árabe muito gentil e simpático, inicia a conversa como normalmente acontece com todos os turistas, perguntando de onde venho, se estou gostando da cidade e se estou de férias ou a trabalho. A partir de agora essa seria uma pergunta frequente e que eu ainda não tinha uma resposta pronta. Comecei a longa explicação já percebendo que teria que formular algo mais simples e objetivo para as próximas situações. Ainda assim, no final, depois de todo o meu discurso sobre realizar o sonho da volta ao mundo, me dedicar à escrita e à fotografia tentando desenvolver minha criatividade e aumentar meu autoconhecimento, a conclusão do homem foi:

“Você vai encontrar o homem da sua vida.”

Oi?

Eis que, atônita, respondi: “Você não ouviu nada do que eu disse?”

A constatação que facilitou a decisão. As pessoas ouvem apenas o que querem. Não será necessário distribuir explicações. Estou em ano sabático e ponto. ;-)